Meu amigo cantava. Dizem que cantava.
E de repente
Quebraram se nas veias os relógios onde
Os ponteiros marcavam vinte e cinco anos.
Vinte e cinco navios vinte e cinco mapas
Vinte e cinco viagens para sempre adiadas.
Meu amigo quebrou se como se fosse de vidro.
Ficaram vinte e cinco pedaços de um homem.
Poema de Manuel Alegre